quarta-feira, 15 de julho de 2009

Você sabia? 3.0



Você Sabia? 3.0 é um video de Scott McLeod e Jeff Bronman baseado nas pesquisas de Karl Fisch sobre como o mundo está mudando rapidamente, sobretudo, em função do surgimento de novas tecnologias de informação, comunicação e interação. A disponibilidade de comunicação, barata, imediata e rápida traz novos países para a liderança da revolução do conhecimento. As crianças da China, Índia e Bermudas, por exemplo, aparentemente estão mais preparadas para as novas profissões que estão surgindo e para outras que futuramente surgirão. E o mais curioso é que a maioria dessas profissões que teremos em 2010 não existia em 2004.

O video chama a atenção, também, para o fato que atualmente vivemos numa era exponencial. O rádio precisou de 38 anos para obter uma audiência de 50 milhões de pessoas. A TV, 13 anos. A Internet, 4 anos. O iPod, 3 anos e o Facebook apenas 2 anos. A quantidade de informação que produziremos esse ano é maior do que todas as informações produzidas nos últimos 5.000 anos juntas.

E olha que os dados presentes no video são do início de 2008, de quase um ano e meio atrás. Quem tiver dados mais recentes sobre os números presentes no video atualize aí nos comentários.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Grátis: novo livro de Chris Anderson

FREE (full book) by Chris Anderson

Free: the future of a radical price, novo livro de Chris Anderson, autor do cultuado Cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Fazendo jus ao título, Anderson disponibilizou gratuitamente o livro no Scrib; e ele pode ser lido aí em cima: é só clicar no botão de ampliar a tela no canto direito superior. Free examina como a tecnologia digital está mudando a vida e os negócios, através da disseminação de bens culturais que possuem um "preço radical": zero. Negócios baseados na oferta gratuita de produtos imateriais não são novos - a televisão e o radio, por exemplo, há algumas décadas já entretêm espectadores e ouvintes gratuitamente em troca da atenção deles. Mas hoje em dia há certamente bem mais coisas gratuitas sendo oferecidas do que aquilo que o modelo massivo de distrubuição sempre nos ofereceu. Anderson disseca a revolução provocada por essa troca gratuita de coisas nas redes de parceria (p2p), que a velha indústria cultural chama de "pirataria". A conclusão que o leitor chega ao término do livro é que a expansão da troca gratuita de bens culturais faz do mundo um lugar melhor. Mesmo que mate velhos negócios como a indústria de entretenimento e as corporações de jornalismo, no final os consumidores saem beneficiados. E como não cansa de repetir o velho mantra criado por essa mesma indústria que agora agoniza: o consumidor sempre tem razão!


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como o Twitter pode fazer história no dia em que todos se tornam jornalistas



Enquanto notícias do Irã se espalham pelo mundo, Clay Shirky nos mostra como o Facebook, o Twitter e as mensagens de texto SMS ajudam os cidadãos em regimes repressivos a relatarem as verdadeiras notícias do que acontece em seus países, contornando a censura, mesmo que por pouco tempo. O fim do controle top-down (de cima para baixo) das notícias está mudando a natureza da política. Emerge uma era pós-corporativa da mídia, onde os diplomas de jornalistas se tornam desnecessários e o que passa a importar, realmente, é o compromisso com a sociedade, a democracia e a cidadania que cada um de nós, diplomados ou não, tempos ao relatar os fatos.

Como bem analisou Ivana Bentes sobre o fim da exigência do diploma de jornalista no Brasil, o "fim do diploma tira da 'invisibilidade' a nova força do capitalismo cognitivo, as centenas e milhares de jovens free-lancers, autônomos, midialivristas, inclusive formados em outras habilitações de Comunicação, que eram impedidos por lei de fazer jornalismo e exercer a profissão e que, ao lado de qualquer jovem formado em Comunicação, constituem hoje os novos produtores simbólicos, a nova força de trabalho 'vivo' (...) A Comunicação e o jornalismo são importantes demais para serem 'exclusivas' de um grupo de 'profissionais'. A Comunicação e o jornalismo hoje são um 'direito' de todos, que será exercido por qualquer brasileiro, com ou sem diploma". Chega de lamúrias e viva a produção midiática bottom-up (de baixo pra cima)! Afinal, o que faz de alguém um bom jornalista não é o diploma.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vídeo Social Media in Plain English, de Common Craft



Video genial sobre Mídias Sociais produzido "artesanalmente" por Lee LeFever da Common Craft. A animação faz um paralelo bem humorado e oportuno entre a produção de conteúdos em mídias sociais com a produção de sorvete, e o uso dos social media também para divulgá-los, avaliá-los e melhorá-los. Seja para fins pessoais ou comerciais, a metáfora contida no video traz inspiração para todos os gostos. Principalmente, porque a animação é uma grande estratégia de mídia social, já que o seu autor a produziu para divulgar o seu próprio negócio. Conseguindo, assim, participação e engajamento oferecendo conteúdo relevante e entretenimento

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Nossa Vez - Documentário sobre colaboração em massa, governo e Internet.

Us Now from Banyak Films on Vimeo.



Us Now é um documentário sobre o poder da colaboração em massa, o governo e a Internet. A pergunta que guia o documentário é: num mundo onde a informação está no ar, o que acontece com o poder? As novas tecnologias, e a cultura de colaboração estreitamente relacionada a elas, apresentam novos modelos radicais de organização social. Us Now reúne os mais proeminentes profissionais e pensadores nesta área e pede para eles indicarem as oportunidades que surgem de uma nova governança.
Us Now lança um olhar sobre como este tipo de participação poderia transformar a forma como os países são governados. O documentário conta as histórias das redes on-line cujas estruturas radicas de auto-organização ameaçam mudar a estrutura do governo para sempre. Entre essas redes, destaco a Couch Surfing, da qual já faço parte, que é uma rede on-line em que os membros compartilham seus lares (um lugar para dormir) com outras pessoas, geralmente estrangeiros e/ou desconhecidos.
Os princípios fundadores desses projetos de redes sociais on-line são auto-seleção, transparência e participação aberta. A tese presente em Us Now é que tais princípios estão se tornando cada vez mais o objetivo final da nossa vida social e política. O documentário descreve essa transição e confronta alguns políticos com as possibilidades de um governo participativo, assim como descrito por Dom Tapscott, Clay Shirky, Charles Leadbeater, Paul Miller, entre muitos outros pensadores do assunto que aparecem no filme.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Entrevista com Henry Jenkins sobre convergência, mídia social e participativa



Entrevista com Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, sobre a revolução da mídia social e participativa. Jenkins fala do alvoroço em torno das novas mídias e expõe as importantes transformações culturais que ocorrem à medida que esses meios convergem. Jenkins também chama a atenção para a importância da emergente participação das comunidades de fãs, tanto para complexificar as narrativas dos produtos culturais, quanto para solucionar, em conjunto, enigmas complexos. Numa era de inteligência coletiva, Jenkins aponta os caminhamos para um mundo onde a mídia de massa vai perder a posição de líder da informação, da publicidade e do entretenimento, e será obrigada a se adaptar aos novos cenários transmidiáticos que estão sendo criados, concomitantemente, por profissionais e amadores, cada vez mais jovens.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mob-Book - Proposta de uma modalidade de livros para celular



Proposta de um projeto para a comercialização de livros para celular concebido pela designer Laís Eiras, 30, formada em design gráfico, e análise e desenvolvimento de sistemas. Laís já trabalhou com design impresso e atualmente trabalha com criação de estratégias de marketing online.

domingo, 8 de março de 2009

Mobvis - Tagueando o mundo real



Mobvis é um projeto que visa utilizar as cameras de celulares para hiperlinkar o mundo real, ao fornecer informações sobre pontos turísticos com a ajuda do GPS e a câmera do dispositivo móvel. Através de um aplicativo que roda em celulares, os usuários apontam os aparelhos, por exemplo, para um prédio ou monumento e imediatamente tem acesso a informações sobre eles. Essa mesma informação visual pode também ser usada para triangular a posição dos usuários do sistema, para que saibam exatamente onde estão mesmo sem terem um receptor GPS.

Mas a idéia do Mobvis é adicionar informações aos lugares físicos, e esse geotagging permite construir mapas mais dinâmicos com conteúdo colaborativo, pois fornece aos usuários informações sobre pontos turísticos através do uso da câmera do celular (reconhecimento do lugar) e, em breve, do GPS (localização do usuário). Mas o usuário não só recebe as informações, mas colabora também produzindo informações e conteúdos para serem compartilhados.

Desenvolvido por pesquisadores da Eslovênia, o projeto Mobvis tem um imenso banco de dados com fotos de prédios e monumentos da Europa. Quando o usuário liga a câmera, o software compara a imagem mostrada por ele com as que estão registradas em seu banco de dados e, se o lugar estiver cadastrado, envia uma série de links para o aparelho.

O Mobvis consegue identificar os prédios em 80% dos casos, e o grande desafio é melhorar cada vez mais o software para que ele consiga comparar as fotos de seu banco de dados com as tiradas por celulares com câmeras de qualidade ruim.

A tecnologia do Mobvis quando for misturada com GPS permitirá fazer mapas mais inteligentes, usando conteúdo colaborativo. O que irá melhorar bastante o serviço, que já tem um nível de erros bastante baixo – em nenhum momento o aplicativo retorna links sobre o prédio errado, por exemplo. O Mobvis poderá ser usado também para atualizar automaticamente fotografias de mapas ao estilo "streetview" do Google, sem a necessidade de automóveis especiais. Todas as fotografias tiradas por pessoas que utilizassem este sistema seriam automaticamente combinadas para criar uma visão sempre atualizada de todos os locais.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Crise do Crédito





A Crise do Crédito é um video-animação produzido pelo designer Jonathan Jarvis para explicar como ocorreu o desastre financeiro. Além de irônico, o video é muito bem feito. Nada como ver talentosos designers agindo na esfera pública.

domingo, 1 de março de 2009

Sim, nós podemos... pensar!



O video que se encontra acima foi feito para promover o livro We-Think (Nós Pensamos), de Charles Leadbeater - um guru da nova mídia que vive em Islington, no Reino Unido, e que já foi tutor de Tony Blair em relação às implicações comunitárias da era digital. Baseado numa idéia já antiga e bastante conhecida, o livro defende que a tecnologia é o que revoluciona a sociedade e permite que nos realizemos como seres sociais.

A tecnologia que revoluciona o mundo agora é formada por produtos e seviços digitais: a Internet como rede global, os sistemas de telefonia móvel; e, acima de tudo, as novas comunidades cooperativas e auto-alimentadas como o Facebook, Wikipedia, YouTube, Twitter, Google e centenas de start-ups interativos da Web 2.0, que estão transformando o uso que fazemos da mídia. A partir daí, Leadbeater busca imaginar os novos tipos de comunidade que surgirão desse uso intensivo de wikis, blogs e outras tecnologias cooperativas de código aberto.

O livro é polêmico e tem um discurso a favor dos benefícios sociais da revolução da nova mídia. Para Leadbeater, "O futuro somos nós", já que a Internet liberta a vasta capacidade da humanidade para a troca.

"We-Think" vira do avesso todas as conclusões pessimistas, de alguns teóricos como Andrew Keen e Lee Siegel, sobre o individualismo e a comunidade. Com tecnologias de troca como os blogs e wikis, agora nos definimos não por aquilo que temos, mas por aquilo que trocamos. Na Wikipedia, por exemplo, podemos dividir nossos conhecimentos de forma altruísta; no Facebook podemos dividir nossas vidas com os outros; na blogosfera, podemos dividir a nossa ideologia; em nossos telefones celulares, podemos dividir os nossos movimentos. Mas o principal movimento compartilhado é o novo movimento cultural em que as pessoas compartilham idéias, em vez de guardá-las pra si.

O video tem legendas em português, é só habilitar no botão do player.